Nota de Repúdio da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS) à perseguição promovida pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) contra o professor de Sociologia e ilustrador João Paulo Cabrera
A Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS), membro do Fórum Nacional de Educação, FNE, e participante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, manifesta seu mais profundo repúdio à perseguição promovida pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) contra o professor e ilustrador João Paulo Cabrera, reconhecido nacionalmente por sua atuação na defesa de uma educação crítica e inclusiva.
João Paulo Cabrera, criador do projeto Sociologia Ilustrada, contribui significativamente para o ensino de Sociologia e é uma liderança importante no combate à militarização da educação pública e na preservação do espaço escolar como ambiente democrático. Ele membro é representante da ABECS no Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro, FEERJ, e no Conselho Consultivo do Observatório Nacional de Violência Contra Educadoras/es, ONVE, além de ter defendido o ensino de Sociologia como delegado do estado do Rio de Janeiro na Conferência Nacional de Educação, CONAE, de 2024, participando da formulação do Plano Nacional de Educação, PNE.
O processo administrativo abusivo e desproporcional de Sindicância instaurado pela SEEDUC contra Cabrera se deu após sua participação em uma audiência sobre a reformulação da matriz curricular para 2025, onde ele questionou a retirada da Sociologia e da Filosofia da Matriz Curricular e se posicionou enfaticamente contra a militarização e censura dentro das escolas. A ABECS considera essa sindicância como uma tentativa de silenciamento e de intimidação contra educadores críticos, em uma época marcada por sucessivas denúncias de assédio institucional na rede pública de ensino.
A ABECS exige a nulidade imediata do processo administrativo contra João Paulo Cabrera, reafirmando seu compromisso com a liberdade de cátedra e com uma educação pública e democrática. Reiteramos nosso repúdio às tentativas de censura e intimidação de educadores, reafirmando a importância da luta contra a militarização das escolas e em favor de um ensino crítico e emancipador.
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